sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Muitas pessoas já descobriram que a yoga ajuda bastante na hora de atingir bem-estar de corpo, mente e espírito, com esforço e meditação que nos fazem olhar para nós mesmo e aumentar nosso autoconhecimento de forma física e espiritual. No entanto, o que muita gente ainda não percebeu é que, quando encaramos as coisas da forma certa, a prática também pode trazer uma série de benefícios na hora de um envolvimento mais caliente com alguém.
Segundo a especialista Shasta Townsend, do site Elephant Journal, abrir sua mente durante a prática da yoga e na hora do sexo pode levar a verdadeiras bênçãos, pura alegria e um prazer tão intenso que antes seria inimaginável. Soa apetitoso? Então não deixe de conferir a seguir as 7 dicas yoguis para sempre ter relações sexuais inesquecíveis.
1 – Conhece-te a ti mesmo
Townsend afirma que possuir um bom relacionamento com seu próprio corpo é um dos passos mais importantes para um sexo realmente bom. Embora desconhecer seu próprio prazer possa parecer algo estranho para algumas pessoas, para outras isso é uma realidade. “Lembro de uma amiga na universidade que me contou que não tinha não de onde seu corpo estava e se sentia como uma cabeça desconectada durante as relações sexuais”, exemplifica.
Em casos como esse, chega a ser óbvia a falta de conexão entre a tal amiga e o próprio corpo, de forma que o prazer também se torna completamente inexistente. Com a prática de yoga, é possível conhecer seu físico mais profundamente, descobrindo o que pode causar desenvolvimento a ele, fortalecê-lo e reafirmar sua presença tanto no colchonete yogui quanto na cama – ou em qualquer lugar em que a coisa rolar para você.
Posição do Triângulo na yoga
“Da próxima vez em que você estiver na Posição do Triângulo, pergunte a si mesmo onde no espaço o seu corpo realmente está. Perceba exatamente o que causa sensações gostosas e o que é desconfortável. Comece a conhecer profundamente seu físico para que ele lhe conte o que você verdadeiramente precisa para sentir maravilhas”, explica a especialista.
2 – Seu Deus interior
Estabelecer uma conexão verdadeira com o seu corpo leva à percepção da verdade profunda de que tanto uma ótima sessão de yoga quanto o sexo realmente prazeroso não dependem apenas de uma boa técnica, mas sim de uma forte sensação de presença. Segundo os ensinamentos yoguis, esse sentido pode ser descrito como o conhecimento de sua própria força vital ou do poder divino em nós – uma ligação com Deus, independente da nossa religião.
Para entender melhor, Townsend explica que basta lembrar-se do momento em que você tenha se sentido mais vivo, como se o seu corpo fosse uma porta aberta para toda a tranquilidade, beleza, sensualidade e divindade que existe em você. Segundo ela, ao entender seu corpo como sua ferramenta para um despertar verdadeiro, você terá acesso a um verdadeiro portal de prazer que o deixará mais eufórico do que qualquer droga existente.
3 – Devagar é mais gostoso
Outra forma por meio da qual a yoga proporciona relações sexuais maravilhosas é a maneira como a prática nos ensina a desacelerar. Quando estamos na correria do cotidiano, ficamos tão viciados na sensação de estarmos “ocupados” que essa sensação de urgência para concluir tudo também acaba aparecendo na hora das preliminares e do ato em si.
“O tempo médio de uma sessão ao fazer amor é de menos de sete minutos. Eu levo mais tempo que isso para beber uma xícara de café!”, reforça a especialista. Segundo Townsend, devemos nos lembrar que somos nós mesmos que decidimos nossos afazeres, então também cabe a nós decidir o que é prioridade e ir com calma, abrindo espaço para nos conectarmos com nossos corpos e com as pessoas que amamos.
4 – O sexy é relativo
A pressão da sociedade costuma indicar que a sensualidade está diretamente ligada ao tamanho, peso e forma física de uma pessoa, levando pessoas mais gordinhas a se sentirem sem valor por não estarem de acordo com esse padrão. A coisa pode ficar tão grave que muitas vezes chega a causar autoprivação, problemas alimentares e psicológicos e até mesmo a depressão profunda.
Embora ressalte que muitas mulheres acima do peso estão entre as mais sexys do mundo e que ser magra não é sinônimo de ser sensual, Townsend reconhece que não se sentir atraente impossibilita que as pessoas consigam atingir uma excitação verdadeira. Nesse sentido, a yoga auxilia por ajudar a balancear nosso peso, hormônios e, principalmente, a forma como pensamos sobre nós mesmos.
Segundo ela, a prática regular de yoga fez com que suas medidas caíssem pela metade antes que voltassem a subir um pouco e se estabilizassem naturalmente. “Hoje sei que não sou a mulher mais magra da sala e que nem preciso ser. Eu aceito minhas curvas e me sinto confiante em ser eu mesma, o que permite que eu seja assim também na cama”, explica.
5 – Sem vergonhas
Embora o mundo tenha progredido bastante com relação ao passado não tão distante, é fato que ainda existem muitos tabus, vergonha e hábitos nocivos quando o assunto é nossa relação com nossos corpos e com nossa sexualidade. Homens que não tratam mulheres como objetos carnais são taxados como gays ou impotentes, enquanto mulheres sexualmente abertas e ativas rapidamente ganham a fama de “vadias”.
No caso das mulheres, em especial, explicitar seu lado sexual frente à sociedade leva-as a serem consideradas – e a se considerarem – “biscates”, gerando a uma vergonha que as faz esconder sua sexualidade para se enquadrarem no arquétipo da “boa menina” ou da “virgem”. A yoga é uma ferramenta que ensina que, na realidade, todas as coisas são uma só, de forma que somos entidades sexuais radiantes e pessoas inocentes ao mesmo tempo.
“Quando me libertei da vergonha a respeito da minha sexualidade robusta, senti uma nova confiança crescer dentro de mim”, explica Townsend. Para ela, isso a tornou mais destemida e menos defensiva, o que abriu espaço para o desenvolvimento de uma maior profundidade de intimidade e alegria no relacionamento com seu marido – o que se traduziu também em sexo ainda melhor.
6 – Voltando às origens
Na filosofia da yoga antiga, o prazer, a alegria e o desejo eram princípios de grande importância. No entanto, conforme a humanidade passou a enxergar o corpo e o sexo como algo sujo e ver em Deus uma entidade punidora, as pessoas se afastaram da filosofia que aceitava a alegria como objetivo da vida e passaram a considerar que o sagrado só pode ser atingido com abnegação, sacrifício e sofrimento.
Townsend ressalta que os ensinamentos tântricos afirmam que estamos neste mundo com o propósito de nos alegrarmos por nossas vidas e corpos. Segunda ela, isso já foi confirmado até mesmo pela neurociência, que constatou que o cérebro humano foi feito para buscar conexão, liberdade e celebração – o que é auxiliado pela yoga e também pode ser atingido por meio do sexo.
Para isso, a especialista diz que é preciso abrir mão de nossa vergonha, medo e negação ao mesmo tempo em que vemos a nós mesmos, nossos corpos e a união uns com os outros como fontes adicionais daquilo que fomos feitos para buscar: a alegria. Dessa forma, as relações sexuais e amorosas se tornam mais uma forma natural de dizer sim ao motivo pelo qual existimos.
7 – Beleza para a vida toda
Na yoga, o cumprimento Namaste – que é acompanhado por um gesto de curvatura respeitosa – serve como uma forma de nos lembrarmos a honrar e venerar uns aos outros. De forma similar, Townsend explica que a união sexual também pode se tornar uma forma de honrar a energia de Deus que vive em nós mesmo e na pessoa que amamos.
“Estou casada há quase 10 anos e ainda tenho sexo maravilhoso com meu marido. Não somente ainda estou apaixonada por ele, como também continuo me sentindo extremamente atraída por ele”, diz a especialista. Segundo ela, o segredo para manter esses sentimentos é procurar por coisas pelas quais poderá apreciar, amar e honrar seu marido, tanto na cama quanto fora dela.
“Eu propositalmente escolhi me sentir excitada por ele ao invés de pensar sobre as coisas que me irritam. Mais do que isso, eu honro o divino nele e busco reafirmar isso na hora do sexo e durante o cotidiano”, pontua Townsend. Dessa forma, a yoga facilita a aceitação sobre nós mesmos, nossa sexualidade e a conexão e o amor ao próximo, abrindo espaço para a verdadeira aceitação do prazer e da alegria. E o sexo não tem como ficar melhor que isso.
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